A peça,
adaptada por Guilherme Vasconcelos, a partir do texto original de Nicolau
Maquiavel, é agora totalmente ambientada no sertão nordestino, transformando
personagens clássicos em tipos comuns do nosso imaginário popular.
Encenada
pelo renomado diretor Marcondes Lima, a comédia segue as diretrizes da farsa medieval,
na cumplicidade entre o elenco e plateia, em
situações cotidianas, criticando a própria sociedade.
A Mandrágora,
trazida à cena pela Galharufas Produções, do Recife, conta a história de um
jovem que se faz passar por médico para conquistar o amor de uma mulher casada,
a mesma sofre por não conseguir engravidar. Com o consentimento do marido, um
rico criador de bodes; do padre e da mãe da moça, o falso doutor, com ajuda de
dois comparsas, receita um suspeito tratamento à base de mandrágora, uma raiz
conhecida por suas propriedades afrodisíacas.
Escrita no início do
século XVI, A Mandrágora, foi considerada um marco no teatro ocidental, sendo
uma das primeiras peças a abordar uma trama em que a conquista amorosa é o fim
que justifica todas as maquinações da personagem principal, desenvolvendo o
tema da arte da manipulação e da persuasão. No entanto, a famosa expressão “os
fins justificam os meios” seja mais fortemente sugerida por outra obra do
escritor – O Príncipe – onde também é possível perceber com
clareza a expressão da ideia.
SERVIÇO:
Teatro do Centro
Cultura Historiador Antonio Corrêa de Oliveira - Sesc Ler Goiana
Dias
10 e 11 de janeiro de 2015 – 20h
80
min. Indicação: 14 anos.
Texto: Guilherme Vasconcelos, adaptado do
original de Nicolau Maquiavel. Direção, cenários e figurinos: Marcondes Lima.
Iluminação: Jathiles Miranda.
Direção Musical:
Samuel Lira
Produção Executiva:
Taveira Junior
Elenco: Tiago Gondim, Mário Miranda, Nínive Caldas,
Diógenes de Lima, Normando Roberto Santos, Auricéia Fraga, Múcio Eduardo e
Thalita Gadêlha.
Produção Geral: Galharufas Produções
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