6 de mai. de 2015

Série global Amorteamo terá trilha sonora feita por Goianense


O Goianense Juliano Holanda assina trilha sonora que ajuda a narrar a trama.

Um único disco muda a vida de muitos músicos. No caso de Juliano Holanda, no sentido literal. Um exemplar do seu primeiro álbum, A arte de ser invisível, foi entregue pelo colega Geraldo Maia ao diretor e roteirista João Falcão, em encontro promovido pelo cantor e pianista Zé Manoel, em 2013. “Foi sorte”, define Juliano, que, dali em diante, ganhou espaço em trilhas sonoras da teledramaturgia nacional. 

Falcão aproveitou as faixas Imãs de geladeira e Farol na série Louco por elas, em 2012. E em dezembro passado, convidou o músico a produzir todas as canções do melodrama sobrenatural Amorteamo, que estreia nesta sexta, na TV Globo.

Desenvolvimento do roteiro - que ainda era um esboço quando Juliano Holanda, João Falcão e Flávia Lacerda, diretora da trama, se reuniram pela primeira vez - foram feitas 70 músicas, das quais cerca de 30 estão na série. Três destas já integravam A arte de ser invisível, mas ganharam novas versões, incluindo a música de abertura, Altas madrugadas. As demais foram compostas especialmente para os personagens e situações. Juliano é uma espécie de compulsivo e tem cerca de 400 composições. “Nunca contei, mas é por aí”, ri. Para Amorteamo, Flávia Lacerda explica que, “além da trilha de acompanhamento de climas (BG), ele compôs os temas dos protagonistas e outros que ajudam a contar a história”.

Ambientado no Recife de 1900, o roteiro é escrito por Guel Arraes, Claudio Paiva e Newton Moreno, em torno de dois triângulos amorosos principais, envolvendo mortos-vivos e contatos sobrenaturais. “A trilha sonora tem extrema importância nesse ponto, como em poucas obras. É mais guiada pelo melodrama sobre amor e morte do que pelo tom assombrado”, define João Falcão, que vem finalizando a sonoplastia dos episódios ao lado de Flávia e Juliano. “Fizemos um levantamento histórico da cena musical do Recife daquela época, mas optamos por uma trilha menos documental. Acrescentei elementos caribenhos, boleros, referências estrangeiras, coisas novas”, explica Juliano. “Mas sem perder a identidade regional, pois essa é uma porta aberta a oportunidades futuras para a produção local”, reforça.



Fonte: Larissa Lins - Diário de Pernambuco

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