Um kit de teste rápido para detectar, em até 15 minutos, se uma pessoa já foi infectada por uma das arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti - zika, dengue e febre chikungunya - deve integrar o Sistema Único de Saúde (SUS) até novembro. A tecnologia, que tem investimentos em torno de R$ 5 milhões, se assemelha aos aparelhos usados para medir a taxa de glicose no sangue. E chegará em um momento mais que oportuno, já que atualmente centenas de pacientes têm esperados por horas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), sendo obrigados a voltarem para casa sem um diagnóstico.
A estimativa é de que em seis meses o protótipo seja capaz de identificar as três doenças transmitidas pelo Aedes. O próximo passo será a aprovação a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os pesquisadores já estimam que serão necessários, inicialmente, 200 mil testes em todo o Brasil para auxiliar no controle da epidemia.
O teste está sendo desenvolvido por pesquisadores dos laboratórios Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe) e Farmacêutico do Rio Grande do Sul (Lafergs) junto à empresa de tecnologia FK-Biotecnologia S.A, que é do Rio Grande do Sul, e a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico (BaiaFarma). A parceria entre as instituições foi firmada ontem, em Porto Alegre. A expectativa é de que a técnica seja vendida a custo baixo, cerca de R$ 15 - aproximadamente o preço cobrado pelos testes rápidos do HIV em uso no Brasil.
DIFERENÇAS
A principal diferença desse exame em relação a outros capazes de fazer o diagnóstico simultâneo dessas doenças, como o da Fiocruz - que deve começar a ser usado neste mês - está na possibilidade de identificar não só se a pessoa examinada está infectada pelo zika, mas também se ela já registrou a doença. Isso poderia indicar, mesmo ao paciente que não apresentou sintomas, se ele está imune ao vírus - resposta que ainda depende de mais pesquisas.
“Uma mulher que pretende engravidar, por exemplo, vai saber se já teve o zika e se desenvolveu anticorpos contra o vírus. Esse teste vai determinar a imunidade da pessoa para aquele vírus”, explicou o presidente do Lafepe, José Fernando Uchôa. Ele destacou que as manifestações das viroses são variáveis, já que dependem de cada organismo. “Agora, se a pessoa não foi exposta ao vírus, isso significa dizer que ela não tem imunidade nenhuma. Ou seja, as consequências são bem piores”, disse, alertando para a importância do novo teste.
FUNCIONAMENTO
De acordo com os pesquisadores, a tecnologia consiste em coletar o sangue do paciente com uma lanceta no dedo da mesma forma que um teste de glicose. A amostra de sangue é coletada automaticamente e separada.
Ao reagir com diferentes componentes (antígenos e anticorpos), produz um resultado que pode ser lido visualmente, semelhante aos testes de gravidez de farmácia. Após 15 minutos, um painel vai demonstrar se a pessoa já teve contato ou está infectada com algum dos três vírus.
A estimativa é de que em seis meses o protótipo seja capaz de identificar as três doenças transmitidas pelo Aedes. O próximo passo será a aprovação a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os pesquisadores já estimam que serão necessários, inicialmente, 200 mil testes em todo o Brasil para auxiliar no controle da epidemia.
O teste está sendo desenvolvido por pesquisadores dos laboratórios Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe) e Farmacêutico do Rio Grande do Sul (Lafergs) junto à empresa de tecnologia FK-Biotecnologia S.A, que é do Rio Grande do Sul, e a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico (BaiaFarma). A parceria entre as instituições foi firmada ontem, em Porto Alegre. A expectativa é de que a técnica seja vendida a custo baixo, cerca de R$ 15 - aproximadamente o preço cobrado pelos testes rápidos do HIV em uso no Brasil.
DIFERENÇAS
A principal diferença desse exame em relação a outros capazes de fazer o diagnóstico simultâneo dessas doenças, como o da Fiocruz - que deve começar a ser usado neste mês - está na possibilidade de identificar não só se a pessoa examinada está infectada pelo zika, mas também se ela já registrou a doença. Isso poderia indicar, mesmo ao paciente que não apresentou sintomas, se ele está imune ao vírus - resposta que ainda depende de mais pesquisas.
“Uma mulher que pretende engravidar, por exemplo, vai saber se já teve o zika e se desenvolveu anticorpos contra o vírus. Esse teste vai determinar a imunidade da pessoa para aquele vírus”, explicou o presidente do Lafepe, José Fernando Uchôa. Ele destacou que as manifestações das viroses são variáveis, já que dependem de cada organismo. “Agora, se a pessoa não foi exposta ao vírus, isso significa dizer que ela não tem imunidade nenhuma. Ou seja, as consequências são bem piores”, disse, alertando para a importância do novo teste.
FUNCIONAMENTO
De acordo com os pesquisadores, a tecnologia consiste em coletar o sangue do paciente com uma lanceta no dedo da mesma forma que um teste de glicose. A amostra de sangue é coletada automaticamente e separada.
Ao reagir com diferentes componentes (antígenos e anticorpos), produz um resultado que pode ser lido visualmente, semelhante aos testes de gravidez de farmácia. Após 15 minutos, um painel vai demonstrar se a pessoa já teve contato ou está infectada com algum dos três vírus.
Fonte:
Wed Mar 02/16 - Priscilla Costa e Luiz Filipe Freire, da Folha de Pernambuco
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